Silêncio? Silêncio exterior. Tempestade interior. Os meus pensamentos trovejam enquanto comparo o “antigamente” com o “agora”. Será de mim? Serei eu a má da fita? Estou farta de ofensas impensadas, de gritos silenciosos, de tempestades ocultas. Estou cansada. Quero-o. Quero-o mais que a minha própria felicidade.
Quero a tempestade recriada. Quero uma tempestade de carinho, amor e desejo. Quero que termine a tempestade de maus pensamentos, de desconfianças, de ofensas. Será possível? Estarei a pedir demasiado? Amor. Carinho. Dedicação. Elogios em vez de ofensas. Admiração em vez de ciúmes. Quero que a distância o faça sentir saudades, não ciúmes de quem está perto de mim, não o faça ofender-me com coisas estúpidas, banais, coisas que não estão ao meu alcance. Está tudo negro. Estou sozinha no escuro. Eu e os meus pensamentos. Eu e só eu. Quero uma tempestade de cores. Uma tempestade de sentimentos reais. Eu não o odeio. Mas terei que admitir que no momento em que duvidou da minha palavra e me chamou “mentirosa”, eu odiei-o. Odiei-o. Odiei as suas palavras. Nunca imaginei tais palavras saírem da sua consciência. Dirigidas a mim. É assim que ele me vê? Será que duvida de tudo o que vem de mim? Será que duvida também da veracidade dos meus sentimentos? Quero que lá fora se crie a tempestade que criou em mim ontem à noite. Quero que saiba o que fez. Quero que me peça desculpa. Mas quero isto feito de forma real. Sincera. Creio que ao fim de um ano e praticamente oito meses, mereço o gesto. Se me ama tanto como diz, qual a razão para me tratar como uma merda andante? Não passarei disso? Uma merda andante? Ou irá dizer que estou a exagerar. Como sempre diz. Ou pensa.
Não quero distância. Nunca quis. Não quero continuar na escuridão. Nunca quis. Não quero ser uma merda andante. Será que já o sou? Quero amá-lo com todas as minhas forças. Quero tê-lo nos meus braços. Quero que ele me queira. Quero que esta porcaria toda termine. Quero que acredite em mim, sempre. Quero tudo o que mereço. Ou será que é uma ilusão? Terei a ilusão de ser um ser humano?
Sem comentários:
Enviar um comentário